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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

NOTA DO EDITOR CHICO DO RADO 23 DE OUTUBRO 2013

ESTAMOS EM FASE  DE CONSTRUÇÃO  DESTE BLOG  COM  A CONTINUAÇÃO ELE FICAR NA SUA POSIÇÃO  NORMAL AGRADEÇO  A COMPREENSÃO DOS  VISITANTES  AGRADECE O   EIDITOR CHICO DO RADIO   MESMO ASSIM OBRIGADO A VISITA DE TODOS  AQUI É SO PARA AGENTE  MESMO  SEGUIR  COMPARTILHAR  APRENDER  ESTUDANTO  RÁPIDOS OS NOSSOS  ESTUDOS  E PESQUISAS DO TEMPO PARA  TERMOS   NOÇÃO SOBRE  A QUADRA  INVERNOSA PARA  2014  


O   EDITOR   

CURIOSIDADADES SOBRE O TEMPO 23 DE OUTUBRO DE 2013 PESQUISOU CHICO DO RADIO O SECRETARIO DO POVO


Informações Diárias - Brasil




Dia
Evento - Horário de Brasília (UTC –3h)
Até 03/10
É possível observar a Luz Cinérea da Lua - Comentário 6.
01- Terça-feira
Após ~04:30 é possível observar a Lua próxima da estrela omicron Leonis da constelação do Leão (magnitude 3.5).
Após ~04:30 é possível observar a Lua próxima de Marte (magnitude 1.6).
02- Quarta-feira
Após ~05:00 é possível observar a Lua próxima da estrela rho Leonis da constelação do Leão (magnitude 3.8).
03- Quinta-feira
--
04- Sexta-feira
21:34 - Lua nova.
05 a 11
É possível observar a Luz Cinérea da Lua - Comentário 6.
05- Sábado
Após ~18:30 é possível observar a Lua próxima da estrela Spica da constelação da Virgem (magnitude 0.9).
06- Domingo
Após ~18:30 é possível observar a Lua próxima de Mercúrio (magnitude 0.0) - Comentário 1.
Após ~18:30 é possível observar a Lua próxima de Saturno (magnitude 0.6) - Comentário 5.
07- Segunda-feira
--
08- Terça-feira
04:29 - Mercúrio próximo de Saturno (mínima separação angular) - Comentários 1 e 5.
Após ~18:00 é possível observar a Lua próxima de Vênus (magnitude -4.2) - Comentário 2.
Após ~19:00 é possível observar a Lua próxima da estrela Graffias da constelação do Escorpião (magnitude 2.5).
Após ~19:00 é possível observar a Lua próxima da estrela Dschubba da constelação do Escorpião (magnitude 2.2).
Após ~19:00 é possível observar a Lua próxima da estrela Antares da constelação do Escorpião (magnitude 1.0).
Após ~19:30 é possível observar a Lua próxima do aglomerado estelar M4 na constelação do Escorpião - Comentário 9.
Às ~19:30 é possível observar o máximo da chuva de meteoros Draconids (GIA) - Comentário 8.
09- Quarta-feira
Às ~02:30 é possível observar o máximo da chuva de meteoros September Perseids (SPE) - Comentário 8.
07:10 - Máxima Elongação a Leste de Mercúrio - Comentário 1.
Após ~19:00 é possível observar a Lua próxima da estrela Sabik da constelação da Serpente (magnitude 2.4).
10 e 11 (visível)
Lua localizada na constelação do Sagitário, região rica em aglomerados - Comentário 10.
10- Quinta-feira
Às ~02:30 é possível observar o máximo da chuva de meteoros Southern Taurids (STA) - Comentário 8.
Após ~19:30 é possível observar a Lua próxima da estrela mu Sagittarii da constelação do Sagitário (magnitude 3.8).
Após ~19:30 é possível observar com telescópio a Lua próxima de M17 da constelação do Sagitário (magnitude 7.0) - Comentário 10.
Após ~19:30 é possível observar a Lua próxima de M25 da constelação do Sagitário (magnitude 4.9) - Comentário 10.
Após ~19:30 é possível observar com telescópio a Lua próxima de M23 da constelação do Sagitário (magnitude 6.0) - Comentário 10.
Após ~19:30 é possível observar com telescópio a Lua próxima de M21 da constelação do Sagitário (magnitude 7.0) - Comentário 10.
Após ~19:30 é possível observar a Lua próxima de M20 da constelação do Sagitário (magnitude 5.0) - Comentário 10.
Após ~19:30 é possível observar a Lua próxima de M8 da constelação do Sagitário (magnitude 5.0) - Comentário 10.
Após ~19:30 é possível observar com telescópio a Lua próxima de M16 da constelação do Sagitário (magnitude 6.5) - Comentário 10.
Às 20:13 é possível observar a Lua no perigeu. Menor distância do centro da Terra com centro da Lua com 369.814 km.
11- Sexta-feira
Às ~03:30 é possível observar o máximo da chuva de meteoros Delta Aurigids (DAU) - Comentário 8.
Após ~19:30 é possível observar a Lua próxima da estrela rho1 Sagittarii da constelação do Sagitário (magnitude 3.9).
Após ~19:30 é possível observar a Lua próxima da estrela Albaldah da constelação do Sagitário (magnitude 2.8).
Às 20:02 é possível observar a Lua no quarto crescente.
12- Sábado
Após ~19:30 é possível observar a Lua próxima da estrela Al Giedi da constelação do Capricórnio (magnitude 3.5).
Após ~19:30 é possível observar a Lua próxima da estrela Dabih da constelação do Capricórnio (magnitude 3.0).
13- Domingo
--
14- Segunda-feira
Após ~19:30 é possível observar com telescópio a Lua próxima de Netuno (magnitude 7.8).
15- Terça-feira
Após ~04:00 é possível observar Marte próximo da estrela Regulus da constelação do Leão - Comentário 3.
16- Quarta-feira
Após ~19:00 é possível observar Vênus próximo da estrela Antares da constelação do Escorpião - Comentário 2.
Após ~19:30 é possível observar a Lua próxima da estrela omega Piscium da constelação de Peixes (magnitude 4.0).
Às 19:49 é possível observar com telescópio a ocultação da estrela 22 Piscium pela Lua - Comentário 7.
17- Quinta-feira
Após ~19:30 é possível observar com telescópio a Lua próxima de Urano (magnitude 5.7).
18- Sexta-feira
Às ~04:00 é possível observar o máximo da chuva de meteoros Epsilon Geminids (EGE) - Comentário 8.
Após ~19:30 é possível observar a Lua próxima da estrela Eta Piscium da constelação de Peixes (magnitude 3.6).
Às 20:37 é possível observar a Lua cheia.
Às 20:50 é possível observar o máximo do Eclipse Lunar Penumbral - Comentário 18.
19- Sábado
--
20- Domingo
À 00:00 inicia o horário de verão - Comentário no cabeçalho.
21- Segunda-feira
À ~01:00 é possível observar, com dificuldade, o máximo da chuva de meteoros Orionids (ORI) - Comentário 8.
Após ~22:00 é possível observar a Lua próxima da estrela delta1 Tauri da constelação do Touro (magnitude 3.7).
Após ~22:00 é possível observar a Lua próxima da estrela epsilon Tauri da constelação do Touro (magnitude 3.5).
Após ~22:00 é possível observar a Lua próxima da estrela gamma Tauri da constelação do Touro (magnitude 3.6).
Após ~22:00 é possível observar a Lua próxima da estrela delta2 Tauri da constelação do Touro (magnitude 3.3).
Após ~22:00 é possível observar a Lua próxima da estrela Aldebaran da constelação do Touro (magnitude 0.8).
Após ~22:00 é possível observar a Lua próxima do aglomerado estelar das Híades (magnitude 0.5) - Comentário 11.
Após ~22:00 é possível observar a Lua próxima do aglomerado estelar das Plêiades (magnitude 1.4) - Comentário 11.
22- Terça-feira
--
23- Quarta-feira
Às ~04:00 é possível observar o máximo da chuva de meteoros Leo Minorids (LMI) - Comentário 8.
Após ~23:30 é possível observar a Lua próxima da estrela Tejat Prior da constelação de Gêmeos (magnitude 3.2).
Após ~23:50 é possível observar a Lua próxima do aglomerado estelar M35 (magnitude 5.5).
24- Quinta-feira
Às 00:59 é possível observar com telescópio a ocultação da estrela 64 Orionis pela Lua - Comentário 7.
Após ~23:59 é possível observar a Lua próxima da estrela Mekbuda da constelação de Gêmeos (magnitude 4.0).
Após ~23:59 é possível observar a Lua próxima da estrela Alhena da constelação de Gêmeos (magnitude 1.9).
25- Sexta-feira
Após ~00:01 é possível observar a Lua próxima da estrela Mekbuda da constelação de Gêmeos (magnitude 4.0).
Após ~00:01 é possível observar a Lua próxima da estrela Alhena da constelação de Gêmeos (magnitude 1.9).
26- Sábado
Após ~01:00 é possível observar a Lua próxima de Júpiter (magnitude -2.3) - Comentário 4.
Às 20:40 é possível observar a Lua quarto minguante.
27 a 02/11
É possível observar a Luz Cinérea da Lua - Comentário 6.
27- Domingo
Após ~02:30 é possível observar a Lua próxima do aglomerado estelar da Colméia (M44) (magnitude 4.0) - Comentário 14.
15:15 - Lua no apogeu. Maior distância do centro da Terra com centro da Lua com 404.308 km.
28- Segunda-feira
Após ~02:30 é possível observar a Lua próxima da estrela omicron Leonis da constelação do Leão (magnitude 3.5).
29- Terça-feira
Após ~03:00 é possível observar a Lua próxima da estrela Regulus da constelação do Leão (magnitude 1.3).
30- Quarta-feira
Após ~03:30 é possível observar a Lua próxima de Marte (magnitude 1.5) - Comentário 3.
08:39 - Mercúrio próximo de Saturno (mínima separação angular) - Comentários 1 e 5.
31- Quinta-feira
Após ~04:30 é possível observar a Lua próxima da estrela Zavijava da constelação da Virgem (magnitude 3.5).


NOTAS:

As aproximações da Lua com as estrelas consideram os seguintes parâmetros:

1- observação realizada a olho nu para estrela de magnitude inferior a 4.0;
2- distância entre Lua e estrela com separação angular máxima de 5 graus;
3- a estrela mais brilhante da constelação (alpha) ou aglomerados e nebulosas observáveis a olho nu, quando próximos da Lua, não consideram o item 2;
4- horário sugestivo para iniciar a observação, sendo válido para todo Brasil, de acordo com o horário de Brasília (UTC -3h) e desconsiderando o horário de verão.

As aproximações da Lua com planetas consideram os seguintes parâmetros:

1- observação realizada a olho nu para os planetas Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno;
2- observação realizada com telescópio para os planetas Urano e Netuno;
3- máxima aproximação entre Lua e planeta quando visível no céu noturno;
4- horário sugestivo para iniciar a observação, sendo válido para todo Brasil, de acordo com o horário de Brasília (UTC -3h) e desconsiderando o horário de verão.

Vale lembrar que:

A magnitude utilizada é a visual, ou seja, o brilho aparente do objeto celeste. É necessário saber que quanto maior for o número apresentado, menor será o brilho do objeto celeste.

O limite de observação a olho nu em condições ideais de observação, ou seja, numa noite sem a interferência da Lua, com baixa umidade relativa do ar e sem a interferência da poluição luminosa é 6.0 de magnitude (aproximada). Abaixo desse número, o objeto celeste pode ser observado a olho nu, porém acima desse número, somente mesmo com uso de telescópio ou binóculo. Porém, objetos acima de 8.0 são difíceis de serem observados, mesmo com uso de telescópio.



Fases da Lua



O horário determinado foi calculado para às 12 horas (meio-dia do Tempo Legal do Distrito Federal - TDF), desconsiderando o horário de verão.

A parte branca da ilustração da Lua representa a parte iluminada pelo Sol e a porcentagem descrita indica a fração do disco lunar iluminado pelo Sol com erro de até + ou - 2% para para todo Brasil.


Fases da Lua para o Brasil durante esse mês.

Figura 1. Fases da Lua para o Brasil durante esse mês.

LUA AGORA


Aspecto atual do disco lunar no hemisfério sul.



















1- Como observar Mercúrio



Durante todo o mês de outubro, logo após o pôr do Sol, o planeta Mercúrio poderá ser observado a olho nu, pouco acima do horizonte oeste. No primeiro dia do mês, Mercúrio irá se pôr 1h48min após o ocaso do Sol. No anoitecer de 10 de outubro, Mercúrio irá se pôr 1h55min após o ocaso do Sol e, em 30 de outubro, 21min após o ocaso do Sol. Sendo assim, de acordo com esses valores, podemos perceber que o tempo de observação de Mercúrio irá aumentar até o dia 10 de outubro. Depois disso, o tempo de observação desse planeta será cada vez menor, na medida que avançamos para o final do mês. Essa diferença de tempo de observação, antes e depois do dia 10 de outubro, se explica por causa da máxima elongação a leste de Mercúrio, que ocorrerá em 09 de outubro, às 07h10min. Como para esse horário o planeta não estará visível, utilizamos o dia 10 de outubro como referência. Além desses fatores mencionados, deve-se perceber que, por exemplo, para o dia 10 de outubro apesar de Mercúrio se pôr 1h55min após o ocaso do Sol, isso não significa que teremos todo esse tempo de observação, pois Mercúrio começa a despontar no céu, alguns minutos após o pôr do Sol. O mesmo se aplica para os demais dias do mês.

Como a observação de Mercúrio depende do ocaso do Sol, sugerimos a visita no site da Climatempo, para otimizar suas observações. A figura 02 ilustra o movimento aparente de Mercúrio durante o mês, cerca de 20 minutos após o ocaso do Sol.


Mercúrio, Vênus e Saturno, em outubro de 2013.

Figura 02. Mercúrio, Vênus e Saturno, em outubro de 2013.

Perceba que, de acordo com a figura 02, a Lua estará próxima de Mercúrio e Saturno, em 06 de outubro. Essa observação não será muito fácil de ser realizada para quem não tiver um horizonte oeste livre de objetos como, por exemplo, árvores, prédios ou montanhas. A dificuldade se dará por causa da baixa altura que a Lua e Mercúrio estarão se comparados com a linha do horizonte. Por essa razão, procure um local onde o horizonte oeste não seja obstruído por qualquer objeto, possibilitando a contemplação dessa aproximação. Sem dúvida um belo momento para se obter algumas astrofotografias. Para esse anoitecer a Lua estará com apenas 4% do seu disco iluminado, proporcionando a contemplação da Luz Cinérea da Lua. Para saber mais sobre esse fenômeno da Luz CInérea da Lua, leia o comentário 6.

Outro evento muito belo que envolve Mercúrio será a sua aproximação com o planeta Saturno. Esse fenômeno irá ocorrer em 08 de outubro, às 04h29min e, se repitirá, em 30 de outubro, às 08h39min. Para ambos os casos, no exato momento que irá ocorrer a mínima distância angular entre esses dois planetas, não será possível contemplá-los no céu. Porém, mesmo assim, vale observá-los um dia antes ou depois, sempre poucos instantes após o ocaso do Sol. O planeta de cor prateado será Mercúrio e o amarelado, será Saturno. Sem dúvida dois belos momentos do mês dignos de serem fotografados. Se você obter algumas fotos, envie o shortlink para o nosso Twitter para compartilharmos com todos via RT ou para publicarmos por aqui. Vale ressaltar que nessa mesma região do céu, teremos o planeta Vênus brilhando fortemente. Sua cor prateada se destaca dos demais objetos celestes, porém estará sempre acima (de forma aparente) de Mercúrio e Saturno, durante esse mês.

Leia o comentário 2 para saber mais detalhes sobre a observação de Vênus e o comentário 5 sobre Saturno.




2- Como observar Vênus



O planeta Vênus poderá ser contemplado durante todo o mês de outubro, cerca de 15 minutos após o pôr do Sol, acima do horizonte oeste. Por causa do seu forte brilho prateado, não tem confundir esse planeta, que muitas vezes é chamado de Estrela Vésper ou Estrela D´Alva, porém sabemos que não se trata de uma estrela, mas do planeta Vênus.

Destaca-se o anoitecer de 08 de outubro, quando teremos a aproximação da Lua com Vênus. Será um belo espetáculo para ser fotografado. Para essa noite a Lua estará com apenas 17% do seu disco iluminado, proporcionando a contemplação da Luz Cinérea da Lua. Para obter belas fotos, a dica é: apoiar a câmera num tripé ou acoplá-la no telescópio e usufruir do modo manual (letra M muitas vezes presente nas câmeras digitais). Se você obter algumas fotos, envie o shortlink para o nosso Twitter para compartilharmos com todos via RT ou para publicarmos por aqui.

Outro belo evento digno de ser fotografado e apreciado a olho nu, será a aproximação de Vênus com a estrela Antares da constelação do Escorpião. Essa aproximação poderá ser observada durante o anoitecer de 16 de outubro. A estrela Antares é a mais brilhante da constelação do Escorpião e possui uma cor avermelhada, constratando com a cor prateada de Vênus. A figura 03 ilustra a aproximação de Vênus com Antares, cerca de 30 minutos após o ocaso do Sol.

Perceba pela figura 03, que será possível apreciar ainda, os planetas Mercúrio e Saturno.
Por essas razões vale ler os comentários sobre esses dois planetas para otimizar suas observações. Leia o comentário 1 para saber mais detalhes sobre a observação deMercúrio e o comentário 5 sobre Saturno.

Aconselhamos também a leitura do comentário 11 sobre a constelação do Escorpião.

Como a observação de Vênus poderá ser realizada logo após o pôr do Sol durante todo esse mês, vale acessar o site da Climatempo para saber o horário do ocaso do Sol para sua cidade e otimizar sua observação.











Aproximação de Vênus com Antares, em 16 de outubro de 2013.

Figura 03. Aproximação de Vênus com Antares, em 16 de outubro de 2013.




3- Como observar Marte



O planeta Marte poderá ser facilmente localizado, próximo do horizonte leste, despontando no céu com sua cor avermelhada poucos instantes antes do nascer do Sol.

Logo no primeiro dia do mês, quando Marte surgir acima do horizonte leste, com o passar dos minutos esse planeta ganha altura e, após 2h19min, o Sol irá surgir. Para 15 de outubro, Marte irá surgir no horizonte leste e depois de 2h33min, o Sol irá nascer. Para 30 de outubro, o Sol irá surgir 2h52min após o nascer do Sol. Como a observação de Marte ocorrerá poucos instantes antes do nascer do Sol, vale acessar o site da Climatempo para saber o horário do nascer do Sol para sua cidade.

Nas noites de 01 e 30 de outubro será possível contemplar a olho nu a aproximação da Lua e Marte. Para o primeiro dia do mês a Lua estará com 14% do seu disco iluminado e, para 30 de outubro, a Lua estará com 19% do seu disco iluminado. Em ambos os casos será possível contemplar a Luz Cinérea da Lua. Leia o comentário sobre Luz Cinéreapara saber mais sobre esse fenômeno. Para quem gosta de astrofotografia, esses serão dois belos momentos para serem fotografados. A figura 04 ilustra a aproximação da Lua e Marte, que ocorrerá na noite de 30 de outubro.


Aproximação da Lua e Marte, em 30 de outubro de 2013.

Figura 04. Aproximação da Lua e Marte, em 30 de outubro de 2013.



Perceba que além de Marte, teremos nesse mesmo horizonte a bela estrela Regulus. Vale saber que Regulus é a estrela mais brilhante da constelação do Leão. Marte estará próximo dessa estrela na madrugada de 15 de outubro.




4- Como observar Júpiter



Durante o mês de outubro, o planeta Júpiter poderá ser observado surgindo no horizonte leste durante todas as madrugadas. Júpiter possui uma cor marrom e pode ser facilmente observado a olho nu, mesmo nas grandes cidades com poluição luminosa. Vale saber que, com o avançar das madrugadas de outubro, o tempo de contemplação desse planeta aumenta. Para demonstrar esse fato, utilizaremos a diferença entre os horários do nascer do Sol e de Júpiter. No primeiro dia do mês, Júpiter irá nascer 4h24min antes do Sol. Em 15 de outubro, Júpiter irá nascer 5h01min antes do Sol e, em 30 de outubro,5h44min. Perceba então que o tempo de observação de Júpiter para o final do mês será maior, se comparado com o início do mês. Como a observação de Júpiter está relacionada diretamente com o nascer do Sol, vale acessar o site da Climatempo para saber o horário do nascer do Sol para sua cidade e otimizar sua observação. Se preferir, estipule um horário de observação, que podemos descrever de forma aproximada, sendo: no primeiro dia do mês, Júpiter irá nascer às 1h23min (como observação, vale citar que esse valor é aplicado para o estado de São Paulo. Além disso, deve-se saber que, de maneira geral, para todo o Brasil, o horário de observação depende do local do observador, podendo variar em mais ou menos 40min, desconsiderando o fuso horário do local em relação ao horário de Brasília); em 15 de outubro, irá nascer às 00h33min (valem as mesmas observações apresentadas para o horário anterior) e; em 30 de outubro, às 23h38min (aplica-se as mesmas observações anteriores).

Se aplicada a consideração do horário do nascer de Júpiter em relação ao horário do nascer do Sol, podemos exemplificar da seguinte maneira: em 15 de outubro, o Sol irá nascer às 05h34min (informação apresentada no site da Climatempo para cidade de São Paulo). Como o Júpiter irá nascer 05h01min antes do Sol (informação apresentada no texto acima), temos que: 5h34min menos 5h01min é igual a 00h33min. Sendo assim, Júpiter irá nascer às 00h33min para São Paulo, em 15 de outubro. Essa metodologia é válida para todo o Brasil, desde que inserido os valores da localização do observador.

Fica complicado inserir todos os valores para os 31 dias de outubro e para todos os locais do Brasil, mas com base nas informações dos dias 01, 15 e 30 de outubro é possível ter uma ideia do horário que Júpiter irá nascer durante todo esse mês na sua cidade.

A figura 05 ilustra a aproximação da Lua com o planeta Júpiter que poderá ser observada, em 26 de outubro. Para essa noite, a Lua estará com 57% do seu disco iluminado.


piter e Lua, em 26 de outubro de 2013.

Figura 05. Júpiter e Lua, em 26 de outubro de 2013.


Vale saber que nesse mesmo horizonte, cerca de 1 hora depois do nascer de Júpiter, teremos o surgimento do planeta Marte. Marte poderá ser observado durante todo o mês, localizado de forma aparente, abaixo de Júpiter. Leia o comentário 3 sobre Marte para otimizar suas observações.


AS LUAS DE JÚPITER


O que é interessante de ser observado com auxílio de um simples instrumento óptico como telescópio são as luas Galileanas. Tratam-se de Io, Europa, Calisto e Ganimedes. Essas luas podem ser observadas girando em torno de Júpiter numa única noite. Para tanto, é interessante que o observador faça um desenho das luas no início da sua primeira observação e depois outro desenho após uma hora e assim, sucessivamente. Esse tipo de observação poderá ser realizada hora após hora e até dia após dia. É muito interessante ver, por exemplo, a ocultação de uma das luas por Júpiter. A figura 06 demonstra o movimento das 4 luas Galileanas durante esse mês. Do interior para o exterior temos: Io, Europa, Ganimedes e Calisto.


Outra dica preciosa é o site Sky View Cafe. Esse site apresenta uma carta celeste em JAVA no seu computador. Dessa forma você poderá saber onde estão os planetas no céu. A opção Moons/GRS oferece as posições das luas de Júpiter e Saturno para noite e horário desejado. Atente antes de qualquer coisa de inserir sua latitude e longitude, além do fuso horário. A figura 07 apresenta a inteface do Sky View Cafe e a posição das luas galileanas, para 15 de outubro de 2013, às 3h30min.


Posição das luas galileanas, para 15 de outubro de 2013, às 3h30min.

Figura 07. Posição das luas galileanas, para 15 de outubro de 2013, às 3h30min.


O freeware Stellarium também é uma grande ajuda para localizar os objetos celestes no céu e as luas de Júpiter. Vale também conferir o site Neave Planetarium que fornece a posição dos planetas de forma on-line. Leia os comentários sobre Softwares Astronômicos para saber mais sobre esse assunto.


Aproveite todos os eventos descritos para obter várias fotos. A dica é apoiar a câmera num tripé ou acoplá-la no telescópio e usufruir do modo manual (letra M muitas vezes presente nas câmeras digitais). Se você obter algumas fotos envie para nós pelo Twitter para compartilharmos com todos via RT.
O movimento das luas Galileanas.

Figura 06. O movimento das luas Galileanas.






5- Como observar Saturno



Até, aproximadamente, o anoitecer de 20 de outubro, o planeta Saturno poderá ser observado próximo do horizonte oeste. Com o avançar das horas, esse belo planeta de cor amarelada irá "caminhar" lentamente até o horizonte oeste, sendo que, por volta das 20 horas irá se pôr. Vale lembrar que Saturno poderá ser contemplado a olho nu, mesmo nas grandes cidades com poluição luminosa (assim como Mercúrio, Vênus, Marte e Júpiter).

Em 06 de outubro a Lua estará próxima de Saturno e Mercúrio. Para essa noite, a Lua estará com apenas 4% do seu disco iluminado, proporcionando a conteplação da Luz Cinérea. A aproximação da Lua com Saturno e Mercúrio apresenta um belo momento para obter algumas astrofotografias. Para diferenciar um planeta do outro, basta saber que Mercúrio possui um forte brilho prateado e Saturno, um brilho mais fraco de cor amarelo.

Em especial, nos anoiteceres de 08 e 30 de outubro, teremos dois belos momentos da aproximação entre Saturno e Mercúrio. Leia o comentário 1 para saber mais detalhes sobre a observação de Mercúrio, além de apreciar a figura 02 que ilustra a aproximação desses dois planetas e a Lua próxima de Mercúrio e Saturno.


OS ANÉIS DE SATURNO

Saturno possui belos anéis que podem ser contemplados com auxílio de um simples telescópio. Logo quando Saturno surgir no céu, aproveite para fotografar esse belo planeta com seus anéis. A figura 08 ilustra a inclinação de Saturno com seus anéis, em 05 de outubro, às 19 horas.

Sem dúvida, para quem tem telescópio vale contemplar esses anéis. Vale ressaltar, que utilizamos 05 de outubro como exemplo para noite de observação. Esse tipo de observação vale até 20 de outubro (aproximadamente) e para qualquer cidade do Brasil.








Os anéis de Saturno, em 05 de outubro.

Figura 08. Os anéis de Saturno, em 05 de outubro.





6- Luz Cinérea da Lua



A Luz Cinérea da Lua pode ser observada em dois momentos:

Caso 1- entre um a três dias (aproximadamente) depois da Lua Quarto Minguante até um ou dois dias antes da Nova.

Caso 2- entre um a três dias (aproximadamente) depois da Lua Nova até um ou dois dias antes do Quarto Crescente.

Para entender o fenômeno, basta sabermos que a luz do Sol que incide sobre a Terra é refletida para Lua, iluminando sua parte escura. Dessa forma, o que podemos observar é algo parecido com a foto abaixo.


Por causa da configuração Sol-Terra-Lua, no primeiro caso com o avançar dos dias, a Luz Cinérea da Lua se torna cada vez mais acentuada, enquanto no segundo caso com o avançar dos dias, a Luz Cinérea da Lua se torna cada vez menos acentuada e, portanto, menos visível.


Os momentos de observação irão ocorrer entre: 27 de setembro e 03 de outubro; 05 e 11 de outubro e; 27 de outubro e 02 de novembro. De acordo com os casos 1 e 2, as melhores possibilidades de observações irão ocorrer entre as noites de: 28 de setembro e 02 de outubro; 06 e 10 de outubro e; 27 de outubro e 31 de outubro. Para o amanhecer de 27 de setembro a 03 de outubro e 27 de outubro a 02 de novembro, a Lua irá nascer poucos instantes antes do nascer do Sol no horizonte leste. Para o anoitecer de 05 e 11 de outubro a Lua irá se pôr poucos instantes depois do pôr do Sol no horizonte oeste.


Acesse o site da Climatempo para saber os horários do nascer e do ocaso do Sol para sua cidade e assim se programar melhor para poder contemplar e fotografar a luz cinérea da Lua.




Luz Cinérea da Lua por Ricardo Cavallini.

Foto. Luz Cinérea da Lua por
Ricardo Cavallini.



7- Ocultação de Estrelas pela Lua




Ocultação é o fenômeno que ocorre quando um astro de diâmetro aparente maior passa à frente de outro astro com diâmetro aparente menor.

Durante o mês ocorrerão diversas ocultações de estrelas pela Lua, porém visíveis a olho nu, são poucas as ocultações que podem ser facilmente observadas. Vale lembrar que o olho humano consegue observar no máximo magnitudes inferiores a 6.0 e o quanto o disco iluminado da Lua irá refletir a luz solar são fatores importantes que devem ser considerados para conseguir ou não observar o fenômeno. No caso do uso de telescópios, lunetas ou binóculos, quando a Lua estiver próxima da fase cheia, será necessário utilizar filtros para bloquear o excesso de luz lunar.

A ocultação máxima de uma estrela chega a 70 minutos, quando a imersão e emersão se verificam em pontos diametralmente opostos da Lua. Uma ocultação de planeta pela Lua é algo mais raro de ocorrer durante o ano.

Sabendo desses fatores, podemos observar na tabela 2 a magnitude de cada estrela, a quantidade que o disco da Lua estará iluminado no momento da ocultação e o horário aproximado da ocultação.
Ocultação de Regulus pela Lua por Marcos Calil.

Foto. Ocultação de Regulus pela Lua por Marcos Calil.



DATA
ESTRELA/PLANETA
MAGNITUDE
CONSTELAÇÃO
ILUMINAÇÃO DO DISCO LUNAR*
HORÁRIO IMERSÃO**
HORÁRIO EMERSÃO**
COMENTÁRIOS
16/10
22 Piscium
(3512 K4)
5.6
Peixes
+95%
19:49
21:10
7.1
24/10
64 Orionis
(913cB8) 
5.1
Órion
-75%
00:59
02:25
7.2


Tabela 2. Ocultação visível durante a noite de estrelas e/ou planetas.

Legenda da tabela:

*O sinal de menos na columa "Iluminação do disco lunar" indica que a Lua está na fase decrescente e o sinal de mais na sua fase crescente.

** De forma muito simplificada, imersão é a entrada da estrela atrás da Lua e emersão é sua saída. Os horários calculados de imersão e emersão são para observadores localizados na cidade de São Paulo durante o início (imersão) e fim (emersão) do evento de acordo com o horário de Brasília, desconsiderando o horário de verão. Para observadores localizados fora dessa latitude e longitude de São Paulo, o início do fenômeno poderá ocorrer até 1 hora antes ou depois e seu término até uma hora antes ou depois do horário descrito dependendo da sua localização. Também deverá ser considerado o fuso horário do local de acordo com o horário de Brasília.


Legenda do mapa:

- Região vermelha à esquerda - ocultação que ocorre próximo anoitecer;

- Região vermelha à direita - ocultação que ocorre próximo amanhcer; 

- Região azul à esquerda - ocultação que ocorre próximo do horizonte leste, instantes próximo do nascer da Lua. Nessas condições como a Lua se localiza próxima da linha do horizonte a observação da ocultação da estrela é prejudicada; 

- Região azul à direita - ocultação que ocorre próximo do horizonte oeste, instantes próximo do pôr da Lua. Nessas condições como a Lua se localiza próxima da linha do horizonte a observação da ocultação da estrela é prejudicada;

- Faixa branca - local que é possível realizar a observação da ocultação. Deve-se saber que quanto mais próximo da linha branca o observador se localiza, mais à “borda” da Lua a estrela será ocultada.


Segue abaixo os comentários das ocultações de estrelas pela Lua que são mais fáceis de serem observadas durante esse mês:

7.1- 22 Piscium (3512K4)

Na noite de 16 de outubro, a estrela 22 Piscium, da constelação de Peixes será ocultada pela Lua às 19h49min, na parte não iluminada da Lua. Depois, às 21h10min a estrela 22 Piscium reaparecerá pela parte iluminada da Lua. Como essa estrela possui magnitude de 5.6 e a Lua estará com 95% do seu disco iluminado, a contemplação dessa ocultação só poderá ser realizada com uso de telescópio.

A ocultação dessa estrela poderá ser observada para quem estiver localizado entre as linhas brancas, indicadas no mapa da figura 09. Para os observadores localizados fora dessa faixa, será possível contemplar a estrelas 22 Piscium passando próxima da Lua.

Vale lembrar que, na questão de horário, para as demais regiões do Brasil que se localizam fora da cidade de São Paulo, esse fenômeno poderá iniciar cerca de 1 hora antes ou depois.




aixa de observação da ocultação.

Figura 09. Faixa de observação da ocultação.



7.2- 64 Orionis (913cB8)

Na madrugada de 24 de outubro, a estrela 64 Orionis será ocultada pela Lua às 00h59min pela parte iluminada da Lua. Depois, às 02h25min a estrela 64 Orionis reaparecerá pela parte não iluminada da Lua. Como essa estrela possui magnitude de 5.1 e a Lua estará com 75% do seu disco iluminado, a contemplação dessa ocultação só poderá ser realizada com uso de telescópio.

A ocultação dessa estrela poderá ser observada para quem estiver localizado entre as linhas brancas, indicadas no mapa da figura 10. Para os observadores localizados fora dessa faixa, será possível contemplar a estrelas 64 Orionis passando próxima da Lua.

Vale lembrar que, na questão de horário, para as demais regiões do Brasil que se localizam fora da cidade de São Paulo, esse fenômeno poderá iniciar cerca de 1 hora antes ou depois.




Faixa de observação da ocultação.

Figura 10. Faixa de observação da ocultação.




8- Chuva de Meteoros



Os meteoros, popularmente chamados de estrelas cadentes são traços luminosos proporcionados pela rápida passagem de corpos variados na alta atmosfera terrestre. Esses corpos são chamados meteoróides e atingem diâmetros na ordem entre alguns microns ou milímetros. Da palavra meteoróide temos a expressão "orbitando o Sol" onde ocasionalmente, esses fragmentos que estão circulando no espaço reencontram a Terra em sua passagem. No momento que penetram na atmosfera terrestre, sofrem os efeitos do atrito atingindo velocidades entre 12 a 72 km/s numa altitude aproximada de 120 km (no seu aparecimento) a 60 km (no seu desaparecimento), produzindo a sua incandescência e volatilização. Em conseqüência desse choque, a grande maioria se desagrega antes de atingir o solo. Alguns dos meteoróides atingem o solo, dando origem ao que chamamos de Bólidos ou bolas de fogo. Assim, aqueles meteoróides que ao entrarem em atrito com a atmosfera não se consumindo completamente e chocam-se com a superfície terrestre são chamados de Bólidos. Para estes fragmentos rochosos ou ferrosos originados do espaço que impactaram com o solo, chamamos de meteorito.

Na tabela 3 são informados os principais dados referentes as chuvas de meteoros desse mês.


Chuva
P
M
HORÁRIO
C
CCT
THZ
r
V
LUA (%)
Comentário
Draconids (GIA)
06/10
10/10
08/10
19:30
Dragão
a = 17:28
d = +54
var
2.6
20
17%
Melhor observado na região norte do Brasil. Não observado nos estados abaixo do Rio de Janeiro. Lua não atrapalha observação.
September Perseids (SPE)
05/09
17/10
09/10
02:30
Perseu
a = 04:00
d = +47
05
2.9
64
38% - s/l
Melhor observado na região norte e nordeste do Brasil. Lua não atrapalha observação.
Southern Taurids (STA)
10/09
20/11
10/10
02:30
Touro
a = 02:08
d = +09
05
2.3
27
38% - s/l
8.1
Delta Aurigids (DAU)
10/10
18/10
11/10
03:30
Cocheiro
a = 05:36
d = +44
02
3.0
64
s/l
Lua não atrapalha observação.
Epsilon Geminids (EGE)
14/10
27/10
18/10
04:00
Gêmeos
a = 06:47
d = +28
03
3.0
70
99%
Lua atrapalha observação.
Orionids (ORI)
02/10
07/11
21/10
01:00
Órion
a = 06:20
d = +16
25
2.5
66
94%
8.2
Leo Minorids (LMI)
16/10
27/10
23/10
04:00
Leão Menor
a = 10:43
d = +36
02
2.7
60
82%
Visível somente acima das regiões norte e nordeste do país. Lua atrapalha observação.

Tabela 3. Chuva de meteoros desse mês.


Legenda:

CHUVA - indica o nome da chuva em questão;

P - Período em que ocorrerá a chuva;

M - Momento máximo que irá ocorrer a chuva. Essa é a melhor data para observar;

HORÁRIO - Horário sugestivo para observação. O horário sugerido para observação leva em consideração a menor influência da Lua, o melhor momento inicial para observação do radiante da chuva e as diferentes latitudes no Brasil. Serve apenas como sugestão de orientação para observação.

C - Constelação associada a chuva;

CCT - Posição sugerida de observação dadas em coordenadas equatoriais, sendo:
a: ascensão reta;
d: declinação.

THZ - Taxa Horária Zenital - um número máximo calculado de meteoros que um observador pode apreciar, numa noite sem a inferência da Lua, com o céu perfeitamente limpo e com radiante sobre a cabeça do observador (zênite). Quando ocorrer uma chuva periódica, ou seja, sem previsão da taxa por hora, a mesma será representada pela letra P;

r - Índice provável de magnitude da chuva. Quanto menor o valor mais fácil será sua observação;

V - Velocidade de entrada atmosférica do meteoro, dada em km/s. As velocidades variam entre 11 km/s (muito lento), 40 km/s (médio) e 72 km/s (muito rápido).

LUA (%) - Porcentagem do disco iluminado para o melhor momento de observação da chuva. No caso sem influência da Lua durante a chuva de meteoros é atribuído o símbolo s/l.

COMENTÁRIO - Quando existir o número, a chuva será comentada no seu respectivo número.


Comentários:

8.1 - 10/10 - Chuva de meteoros Southern Taurids (STA)

Felizmente, para esse ano a Lua não irá atrapalhar a observação dessa bela chuva de meteoros. Por essa razão, iremos descrever o melhor momento de observação.

Para noite de 10 de outubro, inicialmente, quando a constelação do Touro surgir acima do horizonte oeste, por volta das 22h30min, a Lua estará visível, apresentando 38% do seu disco iluminado, porém próxima do horizonte oeste. Esse fato permite afirmar que a Lua não irá atrapalhar a observação dos meteoros.

Apesar da constelação do Touro surgir às 22h30min (aproximadamente), o melhor horário de observação será por volta das 2h30min de 11 de outubro. Nesse momento, a constelação do Touro estará no lado norte do céu, proporcionando alguns belos meteoros que irão "riscar" o céu. São previstos 5 meteoros a cada uma hora com velocidade lenta de 27 km/s e magnitudes de 2.3, ou seja, facilmente visíveis a olho nu, mesmo em cidades com poluição luminosa. Para os que gostam de ficar acordados na madrugada, essa é uma boa pedida de observação. Mas, apesar do melhor horário de observação ser às 2h30min (aproximadamente), isso não impede de contemplarmos os meteoros dessa chuva logo após às 23 horas.

Para saber mais leia o comentário 11 sobre a constelação do Touro e as Plêiades. Leia também, o comentário 8.2 (localizado logo abaixo) sobre a chuva de meteoros Orionids, pois a constelação do Touro se localiza próxima do gigante caçador Órion.


8.2 - 21/10 - Chuva de meteoros Orionids (ORI)

Poderia ser um belo espetáculo no céu, se não fosse a Lua atrapalhar a observação dos meteoros dessa chuva.

A chuva de meteoros Orionids é proveniente do cometa Halley, possui incidência de meteoros rápidos, com velocidade de 66 km/s e uma magnitude aparente de 2.5. Temos uma previsão de 25 meteoros por hora, porém de acordo com a International Meteor Organization (IMO), essa chuva poderá apresentar mais meteoros por hora do que o previsto.

Para esse ano, a Lua estará presente no céu quando a constelação do Órion (onde se localizam as populares "Três Marias") surgir acima da linha do horizonte leste. Além de estar presente no céu, para essa noite, em 21 de outubro, a Lua estará localizada na constelação do Touro, próxima da constelação do Órion. Fato que permanecerá durante toda noite, ou seja, a Lua irá atrapalhar a contemplação desses meteoros. Sendo assim, mesmo para os mais aficcionados que desejam observar poucos meteoros, resta saber que a constelação do Órion irá surgir, por volta das 21h30min no horizonte leste e após à 1 hora, será o melhor momento de observação dessa chuva, pois será quando a constelação estará alta suficiente no céu no lado leste-nordeste, para apreciação dos meteoros.

Vale tentar contemplar essa chuva uma noite antes e também uma noite depois do máximo previsto, ou seja, entre os dias 20 a 22 de outubro. Para cidades com alto índice de poluição luminosa, por causa da poluição luminosa somada com o "brilho" da Lua, a observação não será tão bela quanto em locais afastados das luzes, mesmo com a estimativa de magnitude aparente de 2.5 dessa chuva. Mesmo assim, para os observadores que gostam de desafios e estiverem nas grandes cidades, por volta da 1 hora, vale tentar ficar de olho na região próxima das "Três Marias", pois alguns meteoros poderão ser apreciados nessa região do céu. A figura 11 ilustra a região do radiante para às 2 horas da manhã, em 21 de outubro.


Chuva de meteoros Orionídeos.

Figura 11. Chuva de meteoros Orionídeos.

Vale ler o comentário 12 sobre a constelação de Órion para você se localizar melhor no céu e aproveitar ao máximo suas observações.


HISTÓRICO DA CHUVA ORIONÍDEOS

A descoberta dessa chuva deve ser creditada à E. C. Herrick (Connecticut, USA). Em 1839, ele fez a afirmação ambígua que a atividade parecia estar presente em 08 a 15 de outubro. A mesma afirmação foi feita em 1840, quando ele comentou que "a data exata da maior freqüência meteorítica em outubro é definitivamente ainda menos conhecida, mas ela vai ser encontrada pelos cálculos probabilísticos em ocorrer entre o oitavo e o vigésimo quinto dia do mês". A primeira observação precisa desta chuva foi feita por Herschel em 18 de outubro de 1864 com uma taxa de quatorze meteoros a partir da constelação de Órion. Herschel confirmou ainda que existiu uma chuva originada em Órion em 20 de outubro de 1865. Posteriormente, o interesse por esta chuva aumentou e muito. Orionids se tornou então uma das melhores chuvas observada no ano. A chuva Orionids foi freqüente durante os últimos anos do século 19 e se tornou o foco de discussão durante o primeiro trimestre do século 20. O astrônomo amador britânico Denning e a astrônoma americana Olivier começaram a utilizar páginas de publicações astronômicas para discutir se o radiante Orionid (ponto a partir do qual os meteoros pareciam se irradiar no céu) se movia de um dia para o outro. Denning argumentou que não se movia, enquanto Olivier argumentou que se movia. O problema foi que - com o passar do tempo - o radiante de Orionid era cada vez mais difuso, porém graças à utilização da fotografia e das precisas plotagens de meteoros por vários astrônomos amadores e profissionais, a teoria da astrônoma Oliver de que o radiante se movia de um dia para o outro foi dita como correta.

Uma característica muito incomum dessa chuva tende a mostrar um máximo imprevisível. Em 1981, observadores relataram taxas muito baixas de menos de 10 meteoros por hora durante o período de 18 a 21 de outubro (máxima predita para 21 de outubro), mas as elevadas taxas com cerca de 20 por hora foram anotadas na manhã de 23 de outubro. Curiosamente, um estudo publicado na Checoslováquia em 1982, revelou Orionids com um duplo máximo, ou seja, dois radiantes provenientes da mesma chuva. A conclusão foi baseada em observações feitas durante o período entre 1944 a 1950. Pouco depois, vários estudos indicaram a presença visual de um "plateau effect" (tradução literal: efeito platô), ou seja,  um longo período de atividade máxima desprovida de qualquer declínio acentuado da atividade no lugar do sugerido duplo pico. Mais concretamente, as observações de 1984 provenientes da Western Australia Meteor Section, relatam uma chuva quase nula com duração máxima entre 21 a 24 de outubro, enquanto N. W. McLeod, III (Florida, USA), tem-se verificado com freqüência o prazo estendido até 6 dias.





09- Constelação do Escorpião



Sem dúvida, para quem está começando na Astronomia Observacional essa é uma das constelações mais fácil de ser encontrada no céu.

A constelação do Escorpião representa a constelação do inverno para o hemisfério sul, que iníciou em junho desse ano, às 02h03min. Por essa razão, durante o mês de outubro, logo após o ocaso do Sol, a observação do Escorpião poderá ser realizada próxima do horizonte oeste, uma vez que o inverno terminou, em 22 de setembro. Com o avançar das horas essa bela constelação se dirige para linha do horizonte oeste e, por volta das 21h30min, ocorrerá o seu ocaso. Durante todo esse mês, o Escorpião poderá ser observado facilmente no céu noturno, entre 19 horas e 21horas (aproximadamente), mesmo para os moradores nas cidades que sofrem com a poluição luminosa. A foto abaixo foi obtida com auxílio de uma simples câmera digital, numa cidade com baixa poluição luminosa. Podemos observar na primeira foto a constelação do Escorpião, enquanto que, na foto montagem temos o desenho imaginário do Escorpião com seus principais objetos celestes.

A constelação do Escorpião, por Marcos Calil.

Foto: A constelação do Escorpião, por Marcos Calil.
A constelação do Escorpião, por Marcos Calil.

Foto montagem. A constelação do Escorpião, por Marcos Calil.

Perceba nas fotos acima obtidas com uma simples câmera digital 4.1 mega pixel, duas manchas bem claras chamadas de M6 e M7. Tratam-se de dois aglomerados abertos de estrelas que distam 2.000 e 1.000 anos luz, respectivamente. O aglomerado aberto M6, popularmente chamado de Aglomerado da Borboleta tem magnitude aparente de 4.5, enquanto que o aglomerado aberto M7, popularmente chamado de Aglomerado de Ptolomeu possui magnitude de 3.5. Isso significa que o aglomerado M7 pode ser localizado mais facilmente, por causa seu brilho aparente, que é mais forte se comparado com o aglomerado M6. Lembrando que a magnitude aparente de um astro é o valor dado para seu brilho aparente, numa razão inversamente proporcional. Isso explica afirmação referente a M7 possuir um brilho aparente maior que M6. Nas cidades onde o índice de poluição luminosa é muito fraca é possível observar esses dois aglomerados mesmo a olho nu, onde M7 é mais fácil de ser localizado.

A Lua poderá ser contemplada próxima da estrela mais brilhante dessa constelação - Antares - logo após o anoitecer de 08 de outubro. Para essa noite, o nosso satélite natural estará com 17% do seu disco iluminado, proporcionando a contemplação da Luz Cinérea da Lua. Vale lembrar que a observação dessa constelação poderá ser realizada durante o mês, logo após o ocaso do Sol. Aproveite também para contemplar a Lua próxima do planeta Vênus, nessa mesma noite.

A figura 12 ilustra a constelação do Escorpião para 08 de outubro, às 19h30min, com seus principais aglomerados estelares, as estrelas mais brilhantes, a delimitação da constelação. a concepção artística e as linhas dessa bela constelação. Tente desenhar essa constelação no céu e localizar a estrela mais brilhante: a estrela Antares.


A constelação do Escorpião com seus principais objetos celestes, delimitação, concepção artística e suas linhas, às 19h30min, em 08 de outubro de 2013.

Figura 12. A constelação do Escorpião com seus principais objetos celestes, delimitação, concepção artística e suas linhas, às 19h30min, em 08 de outubro de 2013.


A figura 13 foi concebida para o mesmo momento da figura 12, porém sem a delimitação e ilustração artística do Escorpião. Vale tentar imaginar esse terrível aracnídeo no céu.


A constelação do Escorpião com seus principais objetos celestes e suas linhas, às 19h30min, em 08 de outubro de 2013.

Figura 13. A constelação do Escorpião com seus principais objetos celestes e suas linhas, às 19h30min, em 08 de outubro de 2013.


A figura 14 foi concebida para o mesmo momento das figuras 12 e 13, porém como vemos no céu da natureza. Compare as três figuras e procure o Escorpião no céu da sua cidade.


A constelação do Escorpião, às 19h30min, em 08 de outubro de 2013.

Figura 14. A constelação do Escorpião, às 19h30min, em 08 de outubro de 2013.




10- Constelação do Sagitário



Essa região da constelação do Sagitário é riquíssima em aglomerados de estrelas e nebulosas. Algumas são visíveis até a olho nu, numa noite sem a interferência da Lua e fora da poluição luminosa. Porém, se o observador estiver munido de um simples telescópio ou binóculo, poderá contemplar várias nebulosas e aglomerados estelares dessa região.

A contemplação da constelação do Sagitário poderá ser realizada durante todo esse mês, próxima do ponto mais alto em relação ao observador (chamado de zênite), a partir das 19h30min (aproximadamente). Com o avançar das horas essa constelação "caminha" para o horizonte oeste e, por volta das 23h30min, essa bela constelação estará se pondo no horizonte sudoeste.

Para esse mês, a Lua poderá ser observada nessa constelação entre as noites de 10 e 11 de outubro. As figuras 15, 16 e 17 ilustram o aspecto do céu, em 10 de outubro, às 20 horas. Nessa noite a Lua estará com 38% do seu disco iluminado, próxima dos aglomerados estelares M17, M25, M23, M21, M20, M8 e M16, ofuscando em partes o brilho desses belos objetos celestes. Por essa razão, vale contemplar essa região do céu nas outras noites do mês, na qual a Lua não atrapalha a observação.


Constelação do Sagitário com os principais nomes dos objetos celestes, sua concepção artística e suas linhas, em 10 de outubro, às 20 horas.

Figura 15. Constelação do Sagitário com os principais nomes dos objetos celestes, sua concepção artística e suas linhas, em 10 de outubro, às 20 horas.

A figura 16 ilustra a mesma região do céu, para o mesmo horário, porém sem a ilustração artística da constelação do Sagitário. Vale tentar desenhar no céu essa constelação.


Constelação do Sagitário sem concepção artística, em 10 de outubro, às 20 horas.

Figura 16. Constelação do Sagitário sem concepção artística, em 10 de outubro, às 20 horas.

Por fim, a figura 17 ilustra o mesmo aspecto do céu para o mesmo horário, porém como vemos no céu da natureza. Compare a figura 17 com as figuras 15 e 16 para poder localizar os objetos celestes.

Constelação do Sagitário, em 10 de outubro, às 20 horas.

Figura 17. Constelação do Sagitário, em 10 de outubro, às 20 horas.

Analise as figuras 15, 16 e 17 e aponte seu instrumento óptico para essa região. Você terá belas surpresas! Vale lembrar que essas figuras valem para todo o mês, porém sem a presença da Lua (exceto entre as noites 10 e 11 de outubro).


AGLOMERADOS E NEBULOSAS NA CONSTELAÇÃO DO SAGITÁRIO

Vale saber que o brilho do astro é importante para poder observá-lo. Para tanto, utilizamos um número que representa a magnitude do astro. Quanto maior esse número menor será seu brilho, numa razão inversamente proporcional. Assim, partindo da observação mais fácil para mais difícil, inserimos abaixo os nomes populares das nebulosas e aglomerados estelares, seguido da sua especificação pelo catálogo de Messier, indica pela letra M e, finalmente, sua magnitude.

Aglomerado estelar  - M25 - magnitude = 4.9 (Visível a olho nu)
Aglomerado de Trifid  - M20 - magnitude = 5.0 (Visível a olho nu)
Nebulosa da Lagoa  - M8 - magnitude = 5.0 (Visível a olho nu)
Aglomerado estelar  - M23 - magnitude = 6.0
Aglomerado estelar  - M22 - magnitude = 6.5
Aglomerado estelar  - M21 - magnitude = 7.0
Nebulosa de Ômega  - M17 - magnitude = 7.0
Aglomerado estelar  - M55 - magnitude = 7.0

Vale ressaltar ainda que os objetos que são sugeridos para serem observados a olho nu devem ser feitos fora das grandes cidades que possuem um alto índice de poluição luminosa, além de uma noite sem a interferência da Lua. Porém, esses objetos são possíveis de serem observados nas grandes cidades com auxílios de telescópios ou binóculos, onde o binóculo é a melhor opção. Os objetos que possuem magnitude próximos e até 6.0 de magnitude são possíveis de serem observados nas grandes cidades, porém muito difusos mesmo com auxílio de telescópio e binóculo. Ainda, esses objetos que possuem magnitude abaixo de 6.0 podem ser observados a olho nu mesmo em cidades com médio índice de poluição luminosa, porém com certa dificuldade. Somente mesmo o aglomerado estelar M7 da constelação do Escorpião (que se localiza próxima da constelação do Sagitário) que possui magnitude de 3.5 pode ser contemplado a olho nu com certa facilidade nas cidades onde a poluição luminosa é considerada média para baixo.




11- Constelação do Touro



A constelação do Touro pode ser facilmente observada no céu, mesmo nas cidades com alto índice de poluição luminosa. A estrela mais brilhante dessa constelação, localizada no olho do Touro, chama-se Aldebaran. Seu nome provém da palavra árabe al-dabarān que significa "aquela que segue", referência à forma como a estrela parece seguir o aglomerado das Plêiades durante o seu movimento aparente ao longo do céu. Aldebaran é uma estrela gigante vermelha-laranja, o que lhe proporciona uma cor alaranjada quando observada. Sua distância da Terra é de 65 anos-luz, tendo uma luminosidade 150 vezes maior do que o Sol e sua magnitude aparente (brilho do astro) é de 0.84, o que lhe confere a décima terceira estrela mais brilhante do céu noturno. Por essa razão, a estrela Aldebaran pode ser facilmente observada nas grandes e pequenas cidades com alto ou baixo índice de poluição luminosa.

Nessa constelação temos dois aglomerados estelares fáceis de serem observados. Trata-se das Híades e das Plêiades.
O aglomerado aberto das Híades têm um formato em "V" simbolizando a cabeça do Touro. É importante saber que apesar da estrela Aldebaran se localizar de forma aparente na mesma região das Híades, essa estrela não pertence a esse aglomerado aberto. Isso porque Aldebaran está à 65 anos-luz de nós e as Híades está à 150 anos-luz. Por uma questão de perspectiva quando visto da Terra, temos a impressão que Aldebaran faz parte desse aglomerado, porém é apenas uma ilusão.


O aglomerado estelar das Plêiades é um aglomerado aberto podendo ser facilmente contemplado a olho nu. Esse aglomerado é muito apreciado pelos astrônomos por sua beleza e fácil localização. As Plêiades também são conhecidas por vários outros nomes tais como: "As sete irmãs", "A galinha e os setes pintinhos" no interior do Brasil ou como "Subaru" no Japão. Mas, pelo termo mais técnico, esse aglomerado aberto de estrelas é chamado de M45 pela classificação do catálogo Messier e está localizada na constelação do Touro. Seis das estrelas nas Plêiades são visíveis sem o auxílio de qualquer instrumento óptico, se o observador estiver num local sem poluição luminosa. Aproximadamente 500 estrelas pertencem ao aglomerado estelar aberto das Plêiades e a maioria delas são fracas. Munido de um simples instrumento óptico, o aglomerado poderá ser apreciado com mais facilidade, principalmente com o auxílio de binóculos.

Observe na foto o aspecto das Plêiades que podemos observar com o uso de telescópio ou binóculo. Essa foto foi obtida remotamente por Marcos Calil de São Paulo (Brasil) com acesso ao observatório localizado nas Ilhas Canárias (África) obtida com auxílio de um telescópio com 85mm de abertura e uma CCD Kodak KAI-2020M na madrugada de 09 de setembro de 2008 à 01:06 (hora local - São Paulo).






O aglomerado das Plêiades por Marcos Calil.

Foto. O aglomerado das Plêiades por Marcos Calil.


A Lua estará próxima do aglomerado estelar das Plêiades e das Híades, além da estrela Aldebaran, em 21 de outubro. Para essa noite, a Lua estará com 90% do seu disco iluminado, ofuscando o brilho dos objetos celestes a sua volta. Por essa razão, procure contemplar esses aglomerados e as estrelas da constelação do Touro nas outras noites, na qual a Lua não ofusca seus brilhos.

A figura 18 ilustra o aspecto do céu, para 21 de outubro, às 23h30min, com as linhas que perfazem a constelação do Touro, os nomes das principais estrelas, a localização das Plêiades e das Híades, além das populares "Três Marias" localizadas na constelação do Órion e da constelação do Cão Maior, com sua estrela mais brilhante do céu noturno: Sírius. Leia o comentário 12 para saber mais sobre a constelação do Órion e como observar a bela Nebulosa de Órion.


As constelações do Touro, Órion e Cão Maior e os nomes das principais estrelas, em 21 de outubro, às 23h30min.

Figura 18. As constelações do Touro, Órion e Cão Maior e os nomes das principais estrelas, em 21 de outubro, às 23h30min.


Na figura 19, temos o mesmo aspecto do céu para o mesmo horário, porém aproximando a constelação do Touro. Vale tentar desenhar no céu essa terrível fera e localizar as Plêiades, as Híades e a estrela Aldebaran.


A constelação do Touro com seus principais objetos celestes, suas linhas e a concepação artística, em 21 de outubro, às 23h30min.

Figura 19. A constelação do Touro com seus principais objetos celestes, suas linhas e a concepação artística, em 21 de outubro, às 23h30min.

A figura 20 ilustra a mesma região do céu para o mesmo horário, porém sem a concepção artística do Touro.


A constelação do Touro com seus principais objetos celestes e suas linhas, em 21 de outubro, às 23h30min.

Figura 20. A constelação do Touro com seus principais objetos celestes e suas linhas, em 21 de outubro, às 23h30min.


Finalmente, a figura 21 ilustra a mesma região do céu para o mesmo horário, porém como vemos no céu da natureza, ou seja, sem o nome das estrelas e sem o asterismo dessa constelação. Compare as figuras 19, 20 e 21 com a figura 18 e depois observe essa constelação. Tente imaginar o Touro no céu.


A constelação do Touro, em 21 de outubro, às 23h30min.

Figura 21. A constelação do Touro, em 21 de outubro, às 23h30min.



12- Constelação do Órion



A constelação do gigante caçador Órion é a constelação símbolo do verão para os moradores no hemisfério sul e do inverno para os moradores do hemisfério norte. Em determinadas latitudes do Brasil, essa constelação pode ser observada a partir de meados de julho, poucos instantes do amanhecer no horizonte leste. Com o avançar dos meses, os brasileiros poderão contemplar essa constelação cada vez mais cedo até a chegada do verão, quando essa constelação pode ser contemplada no horizonte leste logo no início do anoitecer. Em contrapartida, quando inicia o outono, para o hemisfério sul ou primavera, para o hemisfério norte, essa constelação se localizará próxima do horizonte oeste, poucos instantes depois do ocaso do Sol e seu tempo de observação será curto.

Sem dúvida é uma bela constelação para ser observada e fácil de ser localizada. Suas estrelas principais, que fazem parte do corpo do guerreiro, podem ser observadas mesmo nas cidades com alto índice de poluição luminosa. Além disso, é nessa constelação que se localizam as populares "Três Marias" e a bela nebulosa de Órion (M42), observada a olho nu em locais distantes da poluição luminosa. Essa nebulosa, pode ser observada também com auxílio de um simples telescópio ou binóculo apoiado num tripé, mesmo nas grandes cidades com poluição luminosa. Geralmente, quando visível no céu, essa é a primeira constelação observada pelos iniciantes na Astronomia Observacional.

Observe na figura 18, apresentada no comentário 11, a presença da constelação do Touro que se localiza próxima da bela constelação do Órion. Perceba, ainda na figura 18, que próxima da constelação do Órion temos outra bela constelação para ser observada, mesmo nas cidades com poluição luminosa. Trata-se da constelação do Cão Maior, que possui a estrela mais brilhante do céu noturno: Sírius.

A figura 22 ilustra a constelação do Órion, com sua concepção artística, suas linhas, sua delimitação e os nomes dos principais objetos celestes. Essa ilustração foi concebida para 15 de outubro,à 1 hora.


A constelação do Órion com seus principais objetos celestes, suas linhas, delimitação e a concepação artística, em 15 de outubro de 2013, à 1 hora.

Figura 22. A constelação do Órion com seus principais objetos celestes, suas linhas, delimitação e a concepação artística, em 15 de outubro de 2013, à 1 hora.


A figura 23 representa o mesmo aspecto do céu da figura 22, porém sem a concepção artística e a delimitação do gigante caçador Órion.


A constelação do Órion com seus principais objetos celestes e suas linhas, em 15 de outubro de 2013, à 1 hora.

Figura 23. A constelação do Órion com seus principais objetos celestes e suas linhas, em 15 de outubro de 2013, à 1 hora.


Por fim, a figura 24 representa o mesmo aspecto do céu apresentadas nas figuras 22 e 23, porém como vemos na natureza. Vale tentar desenhar essa bela constelação no céu e identificar seus principais objetos celestes.


A constelação do Órion, em 15 de outubro de 2013, à 1 hora.

Figura 24. A constelação do Órion, em 15 de outubro de 2013, à 1 hora.



A NEBULOSA DE ÓRION (M42)


Para localizar a nebulosa de Órion basta localizar as populares "Três Marias". Essas três estrelas formam um grupo aparentemente alinhados que representam o cinturão do guerreiro Órion. Quase que perpendicular as "Três Marias" pode ser observada a nebulosa de Órion. Essa nebulosa pode ser contemplada a olho nu em locais que não possuem poluição luminosa, apresentando uma tênue mancha no céu ou com uso de telescópio ou binóculos apoiados em tripé mesmo nas grandes cidades que possuem poluição luminosa. Vale lembrar ainda que esse aglomerado está próximo da constelação do Touro que possui um aglomerado estelar aberto, chamado de Híades (na forma de V que simboliza a cabeça do Touro) e também das constelações do Cão Maior e do Cão Menor. Todas essas possuem estrelas muito brilhantes e são fáceis de serem identificadas no céu.


Sem dúvida essa é uma das nebulosas mais observadas e contempladas pelos astrônomos profissionais e amadores. Possivelmente registrada pela primeira vez em 1610 por Nicholas-Claude Fabri de Peiresc, foi descrita por Galileo Galilei em 1617.

A Nebulosa de Órion, catalogada como M42 do catálogo de Messier e NGC 1976 é a nebulosa mais brilhante do céu e também um dos objetos profundos mais brilhantes. Com magnitude de 4.0 esse objeto pode ser visível a olho nu em boas condições de observação (sem a interferência do brilho da Lua por perto e fora da poluição luminosa) e demonstra ser umas das mais lindas imagens quando observada através de telescópios de todos os tamanhos, desde os maiores até os de pequenos portes, bem como os que estão no espaço como, por exemplo, Telescópio Espacial Hubble. É também um grande objeto no céu, que se estende com mais de 1 grau de diâmetro.

Essa nebulosa fica a uma distância de cerca de 1600 (ou talvez 1500) anos-luz. Em sua extremidade norte, a nebulosa é dividida por uma faixa escura conspícua, bem visível na nossa fotografia. Esta imagem foi obtida por Marcos Calil localizado em São Paulo, operando remotamente um telescópio localizado nas Ilhas Canárias na África. O telescópio possui 85mm de abertura acoplado numa CCD Kodak KAI-2020M.





A nebulosa de Órion por Marcos Calil.

Foto. A nebulosa de Órion por Marcos Calil.

Para saber mais sobre a constelação do Órion e as "Três Marias" assista o vídeo gravado e roterizado por Marcos Calil na Climatempo. Esse vídeo possui 4min16s de duração.


Vídeo. A constelação de Órion por Marcos Calil.





13- Constelação do Pégaso



A constelação do cavalo alado Pégaso é a constelação típica da estação da Primavera. Localizada na região onde se encontram as constelações boreais, ou seja, para o lado norte do céu, essa constelação pode ser facilmente contemplada se o observador encontrar o asterismo chamado "Quadrilátero de Pegasus". Esse quadrilátero é formado por quatro estrelas, onde uma delas pertence a constelação de Andrômeda. São as estrelas Scheat, Markab, Algenib e a estrela Alpheratz da constelação de Andrômeda.

A figura 25, que foi concebida para 15 de outubro, por volta das 20 horas desse mês, ilustra a concepção artística do cavalo alado, suas linhas, a delimitação dessa constelação e os nomes das principais estrelas (inlcuindo a estrela Alpheratz da constelação de Andrômeda). Para esse momento, procure o horizonte nordeste e tente localizar as estrelas do quadrilátero do Pégaso, para depois desenhar seu asterismo no céu.


A constelação do Pégaso com seus principais objetos celestes, delimitação, suas linhas e concepação artística para esse mês, por volta das 20 horas.

Figura 25. A constelação do Pégaso com seus principais objetos celestes, delimitação, suas linhas e concepação artística para esse mês, por volta das 20 horas.


A figura 26 representa o mesmo aspecto do céu da figura 25, porém sem a delimitação e a concepção artística do cavalo alado Pégaso.



A constelação do Pégaso com seus principais objetos celestes e suas linhas para esse mês, por volta das 20 horas.

Figura 26. A constelação do Pégaso com seus principais objetos celestes e suas linhas para esse mês, por volta das 20 horas.

Por fim, a figura 27 representa o mesmo aspecto do céu apresentadas nas figuras 25 e 26, porém como vemos na natureza. Vale tentar desenhar essa bela constelação no céu e identificar seus principais objetos celestes.


A constelação do Pégaso para esse mês, por volta das 20 horas.

Figura 27. A constelação do Pégaso para esse mês, por volta das 20 horas.


Vale lembrar que as figuras 25, 26 e 27 foram concebidas para 15 de outubro, por volta das 20 horas. Com o avançar das horas, essa constelação caminhará de forma aparente pelo céu, quando por volta da 22 horas estará localizada acima do horizonte norte. Depois, caminhará de forma aparente para o horizonte oeste-noroeste, desaparecendo nesse horizonte por volta das 2h30min. Esse movimento aparente da constelação de Pégaso pouco se modificará para o mês de outubro, sendo assim, essas informações valem para todo o mês.



14- Aglomerado da Colméia (M44)



Fora das grandes cidades que possuem um alto índice de poluição luminosa é possível observar esse aglomerado a olho nu. Por causa disso esse aglomerado é conhecido desde tempos pré-históricos.

Algumas antigas escrituras estão associadas a esse objeto: gregos e romanos viram essa "nebulosa" como a manjedoura. Ptolomeu menciona como uma das sete "nebulosas" que ele observou, na sua obra Almagesto. Galileu relatou que este objeto "nebuloso" não era apenas uma estrela como os antigos pensavam, mas uma massa de mais de 40 pequenas estrelas.

A dúvida se esse objeto era uma só estrela ou um conjunto de estrelas foi resolvido (possivelmente) por Peiresc em 1611, o descobridor da Nebulosa do Orion (M42). Um ano mais tarde, após a observação de Peiresc, em 1612 esse mesmo objeto foi observado  e relatado como um aglomerado estelar por Simon Marius. Charles Messier adicionou-o no seu catálogo em 4 de março de 1769, como o objeto de número 44, por essa razão M44.





O aglomerado da Colméia por Marcos Calil.

Foto. O aglomerado da Colméia por Marcos Calil.

Sabemos e aceitamos atualmente que mais de 200 das 350 estrelas na área do aglomerado foram confirmadas como membros. Algumas outras são estrelas de primeiro ou segundo plano, ou seja, que estão à frente ou atrás desse aglomerado. De acordo com a nova determinação da ESA, utilizando o satélite Hipparcos, o aglomerado está 577 anos-luz distante da Terra (estimativas anteriores davam o número de 522 anos-luz), e sua idade foi estimada a cerca de 730 milhões de anos. Curiosamente, tanto nesta idade e à orientação de uma boa resolução de M44 coincide com as das Híades, outro aglomerado estelar famoso e observável a olho nu, porém, que não foi incluída na lista Messier e nem no catálogo NGC e IC, que está atualmente estimada numa idade de cerca de 790 milhões de anos. Provavelmente estes dois objetos, embora agora separados por centenas de anos-luz, têm uma origem comum, em algumas grandes nebulosas gasosas difusas que existiram entre 700 a 800 milhões de anos atrás. Por conseguinte, também a população estelar são semelhantes, ambos contendo gigantes vermelhas (M44, pelo menos, 5 delas) e algumas anãs brancas.(fonte: http://www.seds.org/MESSIER/M/m044.html)

Na madrugada de 27 de outubro, teremos a aproximação da Lua com o aglomerado da Colméia. Para essa noite será possível contemplar a aproximação desse aglomerado com a Lua, por volta das 2h30min. Com o avançar das horas, M44 e a Lua ganham altura, até atingirem o ponto mais alto do céu, logo nos primeiros raios do Sol. Para a noite de 27 de outubro, a Lua estará com 47% do seu disco iluminado, ofuscando em partes o brilho de M44 e proporcionando a observação da Luz Cinérea da Lua (saiba mais sobre a Luz Cinérea lendo o comentário 6). A figura 28 ilustra a região do céu para 27 de outubro, por volta das 2h30min.


Lua próxima de M44 e Lua, em 27 de outubro, por volta das 2h30min.

Figura 28. Lua próxima de M44 e Lua, em 27 de outubro, por volta das 2h30min.



Não é difícil localizar esse belo aglomerado no céu. Para todas as noites utilize as estrelas Pollux e Castor da constelação de Gêmeos para poder se orientar e encontrar o aglomerado da Colméia (M44). Perceba ainda, na figura 28, que o planeta Júpiter poderá ajudar na localização de M44, porém vale saber que todos os planetas possuem um movimento próprio, que quando vistos da Terra, se modificam rapidamente com o passar dos dias. Sendo assim, o método de utilizar Júpiter para localizar M44 poderá ser aplicado com ressalvas, conforme a ilustração da figura 28. Por essa razão, preferimos utilizar as estrelas como auxiliadoras para encontrar outros objetos celestes. Leia ocomentário 4 sobre Júpiter, para otimizar suas observações.




15- Estação Espacial Internacional



Diversos satélites artificiais podem ser observados a olho nu passando pelo céu. Na maioria das vezes esses satélites podem ser contemplados durante o anoitecer ou amanhecer. Entre eles estão os Iridiums, o Telescópio Espacial Hubble, Genesis-1 e 2 entre tantos outros. Para observá-los não é necessário telescópio ou binóculo. Basta saber o dia, horário e local certo para observar um ponto prateado cruzando o céu. O mapa abaixo indica a passagem da Estação Espacial ISS.

Gadgets powered by Google



No mapa, o traço azul indica a trajetória da Estação Espacial Internacional (ISS) e o sinal de "+" na cor preta indica a posição atual da ISS.

Para quem deseja obter informações mais detalhadas sobre a passagem da ISS e outros satélites artificiais recomendamos o site Heavens-above. Após o acesso no site o observador deve apenas preencher o nome da sua cidade no campo específico e apertar ENTER. Clique sobre sua cidade relacionada com seu estado e boas observações. Caso você tenha dificuldades ou deseja aprender mais sobre observações de satélites artificiais a olho nu acesse a palestra/oficina de Marcos Calil.



16- Softwares Astronômicos



Alguns softwares podem auxiliar o observador quanto o reconhecimento dos objetos celestes no céu. Esses softwares podem apresentar mais ou menos recursos que vão desde os nomes das estrelas até a conexão com telescópio direcionando esse equipamento para o objeto que é mostrado na tela do computador. Além disso, alguns chegam a custar US$ 600,00 e outros são gratuítos e não perdem em nada comparado com os softwares pagos. Relaciono abaixo alguns softwares simuladores do céu:


Stellarium - Sem dúvida, entre todos os softwares gratuítos a melhor opção é o freeware Stellarium que pode ser instalado no seu computador sem a necessidade de ficar conectado na internet. Como esse software é opensource, ou seja, código aberto onde os usuários podem programar coisas novas, sempre existem novas versões. Porém, para o usuário que não domina a linguagem de máquina o indicado é ter sempre uma versão anterior em relação a última que foi lançada. Isso evite os famosos bugs no software, uma vez que alguns usuários se dedicam somente para arrumar os problemas das últimas versões.


Sky View Cafe - Esse site apresenta uma carta celeste em JAVA no seu computador. Dessa forma você poderá saber onde estão os planetas no céu e os horários exatos do nascer e ocaso dos planetas para sua cidade. A opção Moons/GRS oferece as posições das luas de Júpiter e Saturno para noite e horário desejado. É necessário ter uma conexão em alta velocidade.


Neave Planetarium - Outro site que apresenta uma carta celeste no seu computador, necessitando que você esteja conectado com uma internet em alta velocidade. Para todos os softwares de simulação do céu, atente antes de qualquer coisa de inserir sua latitude e longitude, além do fuso horário.


Planisfério - Caso seja complicado levar um notebook a campo, "baixar" o software Stellarium ou se conectar na internet em banda larga a opção mais simples, barata e funcional é usar um planisfério. A única desvantagem é que esse "equipamento" não representa os planetas, uma vez que esses objetos celestes não são "fixos" no céu como as estrelas (sabemos que as estrelas possuem movimento próprio, mas para o uso de um planisfério didático isso não importa). Você pode optar em construir e levar um planisfério de papel a campo e realizar suas observações com tranquilidade. O planisfério é uma espécie de carta celeste que mostra as constelações numa folha de papel de acordo com sua latitude sendo válida para todos os anos de sua vida. Como o planisfério depende da localização do observador (mais especificamente da latitude), recomendo que você monte o seu. A professora Maria de Fátima Saraiva junto com seus orientandos ensina como montar e usar um planisfério para as latitudes de 10, 20 e 30 graus que respondem bem para diferentes estados do Brasil.


Para saber mais sobre softwares de Astronomia que auxiliam no reconhecimento do céu assista os vídeos 2 e 3 gravados e roterizados por Marcos Calil.
O vídeo 2 possui 5min47s e o vídeo 3 possui 7min44s de duração.




Vídeo 2. Softwares de Astronomia por Marcos Calil - Parte 1 de 2.





Vídeo 3. Softwares de Astronomia por Marcos Calil - Parte 2 de 2.



17- Cartas Celestes Online



Disponibilizamos duas cartas celeste on line.

1- Fourmilab.ch - insira os parâmetros desejados e clique em Update:

Data e Horário
 Tempo Universal:
Local de Observação

Latitude:

 Norte

 Sul

Longitude:

 Leste

 Oeste
Opção de Exibições
 alinha com horizonte?

 abreviado?


          Limites
Estrelas:
        Mostrar estrelas com magnitude de até 
          Nomes para magnitude 
          Bayer/Flamsteed códigos para magnitude 
 Inverter Norte e Sul
Tamanho da imagem pixels     Imagem dinâmica
Tamanho da fonte
Esquema de cores

Insira elementos orbitais: 


2- Astroviewer - clique no link abaixo e na janela que surgir, insira sua latitude e longitude.




18- Eclipse Lunar Penumbral



Eclipse é um fenômeno astronômico na qual um corpo celeste deixa de ser visível, total ou parcialmente, por curto espaço de tempo por causa da interposição de outro corpo celeste. No caso especifíco, os eclipses lunares ocorrem quando a Lua passa pela sombra da Terra, portanto, quando a Terra se localiza entre o Sol e a Lua, nos proporcionando um belo espetáculo. A figura 29 (fora de escala) ilustra o que ocorre durante o eclipse lunar, nos seus diferentes momentos.


Etapas do Eclipse Lunar.

Figura 29. Etapas do Eclipse Lunar.
(Figura fora de escala)


Nos momentos 1 e 5 temos a fase do eclipse penumbral, enquanto que, nos momentos 2 e 4, o chamado eclipse parcial. Porém, o espetáculo fica por conta do momento 3, quando a Lua está totalmente imersa no cone de sombra da Terra e, assim, temos o eclipse lunar total. A figura 30 ilustra os principais aspectos dos diferentes momentos do eclipse lunar.


Aspectos visto da Terra do eclipse lunar total.

Figura 30. Aspectos visto da Terra do eclipse lunar total.


Em termos de visualização, um eclipse penumbral não é muito perceptível (figura 30 - foto 1). A Lua diminui sensivelmente de brilho, não podendo ser apreciada para as pessoas que residem nas cidades onde existe um alto índice de poluição luminosa. Porém, para quem reside em locais com baixa poluição luminosa, poderá perceber que a Lua não irá mais produzir sombra, fato comum em noites de Lua cheia.

O eclipse parcial pode ser observado em qualquer local, mesmo nas grandes cidades (figura 30 - foto 2). A Lua apresenta um aspecto "cortado" e nos oferece um belo espetáculo.

O máximo do eclipse lunar ocorre quando a Lua está totalmente imersa na sombra da Terra e assim, nos apresenta um aspecto bem escuro (figura 30 - fotos 3 e 4). Ao contrário que muita gente diz, a Lua não "desaparece". O que ocorre, em termos observacionais, é a diferença de cor chegando em alguns casos a ficar com uma coloração avermelhada bem escura.

A figura 31 ilustra as principais fases do eclipse lunar penumbral de 18 de outubro de 2013.


Eclipse lunar parcial de 18 de outubro de 2013, com seus principais momentos para observadores no Hemisfério Sul.

Figura 31. Eclipse lunar parcial de 18 de outubro de 2013, com seus principais momentos para observadores no Hemisfério Sul.



Comparando a figura 31 com a tabela 4 em relação aos principais momentos do eclipse com seus respectivos horários, temos:

Evento
Horário de Brasília
18 de outubro de 2013
Condições de observação no Brasil
P1 - Entrada da Lua na Penumbra
18:50
Visível no Acre, Rondônia e no oeste da Amazônia.
U1 - Início do Eclipse Parcial
--
--
M - Máximo do eclipse
20:51
Visível em quase todo o Brasil, com exceção do Acre, Rondônia e no oeste da Amazônia.
U4 - Fim do Eclipse Parcial
--
--
P4 - Saída da Lua na Penumbra
22:49
Não visível no Brasil

Tabela 4. Principais horários do eclipse lunar parcial, em 18 de outubro de 2013.


De acordo com o apresentado na tabela 4, o eclipse lunar parcial de 18 de outubro de 2013 terá início às 18h50min (horário de Brasília - condição válida para os demais horários aqui descritos). Nesse momento teremos o início do eclipse lunar penumbral (indicado na tabela 4 por P1). Os observadores localizados no Acre, Rondônia e oeste da Amazônia perderão parte desse espetáculo, pois a Lua estará nascendo no horizonte leste. Para os demais observadores localizados nas outras regiões do Brasil, a Lua estará acima da linha do horizonte leste, facilitando a contemplação desse momento.

Em especial, nesse eclipse não teremos a etapa U1, pois não se trata de um eclipse parcial ou total, ou seja, não teremos a Lua com seu aspecto "cortado".

O momento máximo (indicado na tabela 4 pela letra M), ocorrerá às 20h51min. Aqui, todos os brasileiros irão contemplar esse fenômeno. Vale lembrar que a Lua irá perder levemente sua cor prateada, apresentando um leve e modesto tom de cinza. Fato perceptível para quem está acostumado a observar a Lua nas grandes cidades com poluição luminosa, pois caso contrário, os moradores dessas grandes cidades não vão notar diferença alguma no aspecto lunar. Porém, para quem reside fora das cidades com poluição luminosa, irá perceber que a Lua não irá produzir a habitual sombra das pessoas ou objetos.

Novamente, como não será um eclipse lunar parcial ou total, não teremos a etapa U4.

Por fim, o momento P4, indicado na tabela 4, irá ocorrer às 22h49min, quando a Lua volta a apresentar o seu aspecto prateado por inteira. Esse momento poderá ser contemplado por todos os brasileiros.

A figura 32 ilustra as regiões do Brasil que poderão contemplar esse eclipse e suas respectivas etapas.



Mapa de observação do eclipse lunar penumbral, de 18 de agosto de 2013 e as localidades de visualização no Brasil.

Figura 32. Mapa de observação do eclipse lunar penumbral, de 18 de agosto de 2013 e as localidades de visualização no Brasil.


ATIVIDADES SUGERIDAS

Uma interessante atividade para verificar o decaimento do brilho da Lua é fotografar o nosso satélite natural antes do início do eclipse, ou seja, antes do momento P1, que ocorrerá às 18h50min. A foto poderá ser obtida um dia antes do evento (para regiões como Acre, Rondônia ou oeste da Amazônia) ou alguns minutos antes, para as demais regiões do Brasil. Após isso, utilizando a mesma câmera e com os mesmos parâmetros (tempo de exposição, abertura e outros), pode-se obter a foto do momento máximo do eclipse, ou seja, às 20h51min. Comparando as fotos será possível observar o decaimento do brilho da Lua. Vale lembrar que para obter as fotos de um eclipse, um tripé sempre será bem vindo ou acople sua câmera num telescópio.

A contemplação de um eclipse lunar pode ser realizada a olho nu. O uso de um binóculo sempre é muito bem vindo e se optar por telescópio prefira utilizar uma objetiva que consiga colocar num único campo de visão todo o disco lunar. Geralmente são objetivas entre 32mm a 40mm, dependendo do telescópio. Logicamente, para quem deseja analisar especificamente as crateras vale utilizar outras objetivas menores que 32mm.

Como o eclipse ocorrerá quando a Lua estará próxima do horizonte leste, procure uma região onde não exista prédios, casas, montanahs localizados nesse horizonte. Caso contrário, sua observação será prejudicada. Aproveite essa oportunidade para fotografar a Lua com temas de fundo como, por exemplo, um farol de trânsito, a Lua acima de um prédio, entre outros temas.

Verifique o horário e a região que a Lua irá nascer, em 18 de outubro, para saber se existe algum objeto que obstrua a observação do horizonte leste no momento do nascer da Lua. De maneira geral é interessante o observador se preparar cerca de uma hora antes do início do eclipse, pricipalmente se usar binóculo, telescópio ou deseja fotografar esse belo evento. Para saber o horário do nascer da Lua para sua região acesse o site da Climatempo ou do Observatório Nacional.

Vale conhecer o site Sky View Cafe. Esse site apresenta uma carta celeste em JAVA no seu computador. Dessa forma você poderá saber que horas a Lua irá nascer na sua cidade. Vale lembrar que será necessário inserir sua latitude e longitude, além do fuso horário no Sky View Cafe.

O freeware Stellarium também é uma excelente ajuda para localizar os objetos celestes no céu. Leia as informações e assista os vídeos sobre softwares de astronomia.

Se preferir, use as cartas celestes online, apresentadas no nosso site.

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Site: www.climatempo.com.br > ASTRONOMIA (Shortlink: http://bit.ly/dW16UU)


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(Shortlink: http://bit.ly/hc0O8P)

Conteúdo e ilustrações: Marcos Calil



Fontes



Almanaque Astronômico Brasileiro 2013 CEAMIG - http://www.ceamig.org.br/5_divu/alma2013.pdf

Anuário do Observatório Nacional 2013 - http://www.on.br/conteudo/modelo.php?endereco=servicos/servicos.html

Breit Ideas Observatory - http://www.poyntsource.com/New/

IMCCE - Institut de mécanique céleste et de calcul des éphémérides - http://www.imcce.fr/en/ephemerides/

IMO - International Meteor Organization - http://www.imo.net/files/data/calendar/cal2013.pdf

IOTA - International Occultation Timing Association - http://iota.jhuapl.edu/

Meteor Showers On Line - http://meteorshowersonline.com/calendar.html

NASA - Solar System Dynamics - http://ssd.jpl.nasa.gov/?ephemerides

NASA - Eclipse Web Site - http://eclipse.gsfc.nasa.gov/OH/OH2013.html

Obeservatório Nacional - Anuário Interativo - http://euler.on.br/ephemeris/index.php

REA - Rede de Astronomia Observacional - http://www.rea-brasil.org/

Ronaldo Rogério de Freitas Mourão - Anuário de Astronomia e Astronáutica

Royal Astronomical Society of New Zealand - http://www.rasnz.org.nz/SolarSys

Seiichi Yoshida´s Home Page - http://www.aerith.net/index.html

The American Meteor Society - http://www.amsmeteors.org/meteor-showers

Uranometria Nova - Irineu G. Varella & Priscila D. C. F. de Oliveira - http://www.uranometrianova.pro.br/

U.S. Naval Observatory - Astronomical Applications Department - http://aa.usno.navy.mil/data/


BLOG CHICO DO RADIO O SECRETARIO DO POVO